Em um evento histórico para a agropecuária, a vaca Viatina-19 quebrou mais um recorde mundial, atingindo o maior valor já registrado em uma prenhez. Leilão arrecadou no total R$ 5,1 milhões, que serão revertidos em auxílio às vítimas das enchente no Rio Grande do Sul.
Diversos criadores das raças Nelore, Angus, Brahman e Simental juntaram para realizar o 1º Leilão Agro Solidário, que teve 100% do valor arrecadado revertido para as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul.
Entre os destaques, a Casa Branca Agropastoril, a Napemo e a Nelore HRO, proprietários da vaca Viatina-19 FIV Mara Móveis, recordista mundial de preços do Guinness Book, doaram uma prenhez de Viatina-19 com o reprodutor Kayak TE Mafra.
O leilão foi conduzido pelo locutor Galvão Bueno, ele que é um dos grandes investidores do agro no Brasil, possuindo propriedade rural e um dos mais famosos vinhedos.
No momento do remate da prenhez, foi tocado o tema musical das vitórias de Ayrton Senna, acompanhado pelo tradicional bordão de Bueno: “Haja coração!” A renda total do leilão, que alcançou R$ 5,1 milhões, será destinada ao auxílio das vítimas da catástrofe climática no Rio Grande do Sul, que resultou em mortes, enchentes e danos em centenas de municípios.
A prenhez foi arrematada em 30 parcelas de R$ 100 mil, com expectativa de nascimento em dezembro, através de gestação conduzida em barriga de aluguel. Em um evento histórico para a agropecuária, a vaca Viatina-19 quebrou mais um recorde mundial, atingindo o maior valor já registrado em uma prenhez.
Atualmente, a vaca nelore Viatina, reconhecida como a mais cara do mundo pelo Guinness World Records, está avaliada em cerca de R$ 21 milhões.
Além da prenhez da vaca mais cara do mundo, outros itens leiloados no Agro Solidário incluíram um busto de Ayrton Senna, doado pela artista plástica Lalá Lucena, e um violão autografado pela dupla sertaneja César Menotti e Fabiano.
O que faz uma vaca valer tanto?
Se fosse pra responder com uma única palavra, seria: Tecnologia. A transferência de embriões em bovinos tem sido uma importante ferramenta para o melhoramento genético. É por isso também que vem ganhando cada vez mais relevância e espaço no mercado mundial. Basicamente, a técnica consiste na multiplicação do material genético de fêmeas de alto valor, de forma rápida do que o convencional. Além disso, ela facilita o transporte e comercialização de material genético por meio de embriões congelados.
A TE, como é comumente chamada, possibilita a coleta e a transferência de embriões de fêmeas doadoras (animal com maior valor genético) para as receptoras (chamadas de barrigas de aluguel). Dessa forma, uma fêmea que naturalmente produziria apenas um bezerro ao ano, tem a possibilidade de aumentar sua produção em mais de 10 produtos anuais, sem a necessidade de gestação e parto. Outra tecnologia bastante usada é a fertilização in vitro (FIV).
Com a transferência de embrião, uma boa vaca consegue produzir em média até os 15 anos de idade. Usando a técnica de FIV, ela produzirá pelo menos, em média, até os 20. Nas duas técnicas, os filhos não se desenvolvem na barriga da matriz de alta qualidade, que é muito cara. Os embriões são transferidos para as chamadas receptoras, ou “mães de aluguel”, que os parem sem transmitir nenhuma característica genética aos bezerros.
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Fonte: Compre Rural